Conheçam o boda-boda

Escrevi, há alguns dias, sobre a pior forma de viajar pela África.

Agora lhes apresento a forma mais rápida – e divertida e perigosa – de se deslocar pelas cidades do continente: o boda-boda.

O nome pode parecer exótico, mas se refere a uma modalidade de transporte também disponível em várias cidades brasileiras – o mototáxi.

Tive de recorrer a eles em Uganda, na Tanzânia e no Sudão.

Em Kampala, a capital de Uganda (foto acima), são a única maneira de escapar dos enormes congestionamentos – ainda que eu não os recomende a quem tiver problemas cardíacos.

Afinal, um passageiro de boda-boda não tem direito a capacete e, às vezes, tem de dividir o banco com outro passageiro — fatores que tornam as viagens ainda mais emocionantes.

O boda-boda nas fotos abaixo eu peguei em Jinja (Uganda), cidade onde nasce o rio Nilo – eu era o último no banco. Reparem que a moto não tinha nem espelhos.

Em termos de diversão proporcionada, os únicos rivais dos boda-boda que encontrei nesta viagem são as bicitáxi de cidadezinhas do norte de Moçambique – e que não fotografei porque, à bordo delas, sempre me agarrava com todas as forças para não cair.

Mas diferentemente do boda-boda, o único risco que uma bicitáxi oferece a um passageiro, no caso de uma queda, são alguns arranhões.

Em tempos de promoção de meios de transporte ecologicamente corretos, taí uma ideia simples que merece ser exportada.